quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

crise de fim de tarde


Minha sala de trabalho tem aproximadamente uns 14 servidores, todos juntos e misturados, sem nem uma baia que nos separe.


Acontece que todos os dias, por volta de 16h30, rola uma pauta de temas cotidianos. Assim, aquela pausa nos processos para jogar conversa fora e treinar as filosofias de botequim. É mais tradicional que o banzo no fim de feira. É geralmente nessa hora que eu mais escuto do que falo, para aproveitar e escrever aqui no blog.


A pauta de hoje foi o namoro de Dufi. Acontece que Dufi foi a Salvador à trabalho, e num lapso, não conseguiu desligar a ligação com sua namorada, deixando escapulir a seguinte frase:


- "Porra, muito gostosa aquela baianinha".


As mulheres ficaram chocadas, os homens nem tanto.

O melhor é sacar as diferenças da turma.

Dico diz: "Ai, se meu namorado dissesse isso de um cabra, eu diria - Nossa amor, realmente!"

Liri diz, assim gaguejando: "Poxa Dufi, acho que foi um pouco deselegante de sua parte".

Eu digo: "Sem comentários", para me concentrar em apresentar os fatos de forma imparcial aqui no blog(até pareceeee).

Bem, começam as discussões e o falatório, e Dufi solta:

"É muita hipocrisia. Até parece que vocês mulheres não comentam os homens, e também dizem - Nooooooossa, que gostoso. Putz, que barriga...!"

Para tudo, Dufi. Deixa eu pensar quando fiz isso...

Aaah tá!
Nun-ca!

Nada contra, mas definitivamente nunca nem pensaria assim.

Moe concorda, tenho certeza.

Eu posso achar bonito, simpático, sei lá. Mas jamais pensaria com qualquer conotação sexual ou veria alguém como um pedaço de carne.

Sem falso moralismo, nada contra quem pensa assim, deveras.

Mas eu? Nunca pensei!


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