segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Falta sono, mas não falta assunto


Esse post é muito mais pela falta de sono(ainda não cabe a palavra insônia), do que pela importância do conteúdo...rsrrsrs...!

Estou sem sono porque tomei muita cafeína.

Tomei muita cafeína porque o antiinflamatório que eu já tinha em casa(diclofenaco potássico), já vinha com cafeína e paracetamol.

Além do café e chá verde que é de praxe.

E tomei o antiinflamatório porque minha garganta inchou e quase fecha, de uma hora pra outra.

Isso porque eu engoli sapo. Não expressei minha vontade. É o que disse um grande amigo, e é a minha opinião sincera também.

Os fatos me trouxeram de volta à uma reflexão que já costumava fazer antes. Sobre respeitar os limites alheios e compreender também. Meu pai me ajudou bastante nisso. Porque várias vezes, quando alguém nos dava uma notícia totalmente BABADO, ele logo falava: "Ah, mas ele teve seus motivos. Não vamos julgar apenas por esse ato, etc". Claaaro que não significa que iremos aceitar tudo guela abaixo. Mas é bom tentar entender os limites da pessoa e o contexto. Eu tento fazer isso no trabalho, em casa, nas relações em geral.

O mais difícil e fera foi com meu irmãozinhozão. Foi fera porque percebi isso sozinha, e o que sinto é de verdade e independe(na medida do possível) da opinião alheia. Ele sempre foi o meu brother, super parsa! E de repente, precisou de um momento dele...Assim, far away from family. E eu estou inclusa na family. Seria easy ficar puta, julgar, xingar ele, xingar a esposa, fazer corrente de oração etc. Tá, confesso que fiquei indignada algumas vezes. Mas continuo com a mesma opinião inicial: o bicho é fera, é sensato, e nós o amamos. As pessoas precisam de um espaço diferente do nosso. De um tempo diferente. De coisas diferentes. As pessoas não amam da mesma forma. E às vezes nem amam. Mas estamos aí, na área. Com a família e com a chosen family.

A questão é que eu nunca mais tinha refletido sobre o MEU espaço, sobre as minhas limitações. Primeiro a gente é criança besta que aceita tudo e faz toda sorte de bobagens pra fazer a vontade dos outros. Depois fazemos análise junguiana e descobrimos que precisamos sim, que nos respeitem. Precisamos dizer não muitas vezes e precisamos definir bem nossas limitações, para que toooooooodos a nossa volta percebam. Mas aí começamos a estudar, viver e trabalhar no espiritismo, e fica difícil saber o que é caridade e o que é fuleragem. Acho lindo e muito nobre a abnegação, a entrega, o desapego. Mas não é simples como eu pensava. Não é só ser o bozo sempre. Ainda mais para seres pouco iluminados como eu. Não rola assim de uma hora pra outra, só porque eu quero. E outra: nem sempre ajudamos o mundo com isso. É difícil dizer quando fui abestalhada e quando fui caridosa de fato. Enfim, eu tenho limites. Queria muito ser super legal e tolerar facilmente tudo que viesse de minha família e chosen family, pelo menos! Mas não sou. Não adianta forçar a barra. Tem coisas que eu aceito de boa. Outras coisas fecham minha garganta, me dão febre. Dessa vez não vai dar. Até porque sem saúde eu não consigo fazer mais nada, quem dirá a caridade. Uma preta-velha já tinha me dito uma vez, pra não fazer além dos meus limites. Eu lembro disso, mas dessa vez achei que poderia expandiiiirr um pouco mais. Fica pra próxima. Um dia serei doce, feliz, sábia e sensata como esses guias muito fofos. E olhe que nem eles agradam a todos...;)

Ps: A imagem foi emprestada do http://www.betoblogspot.blogspot.com/

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