quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Doce como a chuva de caju


Não sei, mãe. Não sei o que é e às vezes nem me importa tanto. O amor está intacto, a luz tá alumiando, a alma pura. É muita coisa mesmo, de que adianta pensar em oito mil possibilidades? Já postei isso antes e repito: de nada adianta. Quero esvaziar-me apenas e continuo com a ousadia da doçura. Quando meu fígado permite, claro. Porque sou humana, ué. Meu fígado tá malito, pobrecito.

Estão gritando? Não ouço, mãe. Veja o que eles querem, a senhora me faz esse favor? Daqui a pouco eu levanto e vou até a porta ver como posso ajudar. Deus proverá, irmãos, tenham fé.

Somos todos criaturinhas de amor e luz.

Enquanto isso, cai mesmo a chuva de caju no calor mais doido do fígado e do baço, doce e ousada, serena e guerreira, dama de espada na mão, dentro de mim cai você, chuva de caju.

Namastê Pratchodayá:)

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