Lua,
Ontem tinha, como quase todo dia, os processos, as reuniões, o estudo para a prova de anatomia.
Mas o que queria mesmo era achar um nome pra isso que sinto. Queria uma explicação, uma música, uma poesia, um texto de seu blog ou de seu orkut.
Li e reli, viajei. Fui em todos os cantos mas não cheguei nele e nem em mim. Rezei o rosário e esperei.
Meu sentimento não estava em C.F.A., nem em Drummond, nem em Sai Baba, nem em Billie Holiday. Não estava em Daniela Mercury, nem em Bethânia, nem em Ivete. Não estava na Bahia, não estava na Espanha. E embora eu me sinta como a própria definição de sergipana, nem Chico Queiroga conseguia falar por mim.
E agora, amiga?
Não desespero, não há medo, não há esperança, nada há.
Mentira, há um barulho, Lua. Um barulho muito grande, um estardalhaço, uma confusão doida. Mas eu vejo sem ouvir, sem sentir.
Só ouço o som de seu atabaque e batida de seu coração, só ouço a voz que louva a Deus e que diz que quer ficar comigo. Só vejo seu sorriso e o jeito que ele morde a boca, que eu nunca saberia imitar.
Ontem ouvi o samba de pareia e os parafusos de Lagarto... prestei muita atenção à batida da caixa, para mostrar a ele como é.
Quero mandar uma mensagem para o celular dele, dizendo tudo isso ao mesmo tempo, em uma frase só... como escrevo?
Ele é mimado, eu já te disse? Cheio de vontades e vive reclamando de qualquer coisa que não seja como ele já conhece.
Eu acho engraçadinho. É grave, isso? Porque quando achamos os defeitos engraçadinhos, não sei Lua... acho que é um atestado de bestinha. Tu me acha bestinha?
Talvez eu seja.
Ontem meu coração doeu, doeu muito. Chorei aquele troço calado, com aquele soluço lento e pesado. Silenciei o soluço com vergonha dos vizinhos. Chamei por mãinha e por meus avós, nem sei se você lembra deles, rsrsrs. Acho injusto não ter o colo dos avós por perto para essas horas. Ainda bem que sou espírita, rsrsrs.
Fiquei com uma grande preguiça do mundo, das pessoas. Muito barulho por nada....
Mas parece que entendo como é amar, porque o amo a ponto de querer unicamente sua felicidade.
Não, claro que estou apaixonada - de querer beijá-lo toda hora, de vê-lo dormir como se assistisse a um pôr-do-Sol, de sentir seu cheiro de longe.
Mas o que sinto, o que pretendo, o que me faz vibrar, é seu bem-estar e felicidade, longe ou perto. Aqui, em Aracaju, no Alabama, whatever!
Que poesia diz isso? Qual é a música, maestro?
Um xero imenso, minha frô.
Ontem tinha, como quase todo dia, os processos, as reuniões, o estudo para a prova de anatomia.
Mas o que queria mesmo era achar um nome pra isso que sinto. Queria uma explicação, uma música, uma poesia, um texto de seu blog ou de seu orkut.
Li e reli, viajei. Fui em todos os cantos mas não cheguei nele e nem em mim. Rezei o rosário e esperei.
Meu sentimento não estava em C.F.A., nem em Drummond, nem em Sai Baba, nem em Billie Holiday. Não estava em Daniela Mercury, nem em Bethânia, nem em Ivete. Não estava na Bahia, não estava na Espanha. E embora eu me sinta como a própria definição de sergipana, nem Chico Queiroga conseguia falar por mim.
E agora, amiga?
Não desespero, não há medo, não há esperança, nada há.
Mentira, há um barulho, Lua. Um barulho muito grande, um estardalhaço, uma confusão doida. Mas eu vejo sem ouvir, sem sentir.
Só ouço o som de seu atabaque e batida de seu coração, só ouço a voz que louva a Deus e que diz que quer ficar comigo. Só vejo seu sorriso e o jeito que ele morde a boca, que eu nunca saberia imitar.
Ontem ouvi o samba de pareia e os parafusos de Lagarto... prestei muita atenção à batida da caixa, para mostrar a ele como é.
Quero mandar uma mensagem para o celular dele, dizendo tudo isso ao mesmo tempo, em uma frase só... como escrevo?
Ele é mimado, eu já te disse? Cheio de vontades e vive reclamando de qualquer coisa que não seja como ele já conhece.
Eu acho engraçadinho. É grave, isso? Porque quando achamos os defeitos engraçadinhos, não sei Lua... acho que é um atestado de bestinha. Tu me acha bestinha?
Talvez eu seja.
Ontem meu coração doeu, doeu muito. Chorei aquele troço calado, com aquele soluço lento e pesado. Silenciei o soluço com vergonha dos vizinhos. Chamei por mãinha e por meus avós, nem sei se você lembra deles, rsrsrs. Acho injusto não ter o colo dos avós por perto para essas horas. Ainda bem que sou espírita, rsrsrs.
Fiquei com uma grande preguiça do mundo, das pessoas. Muito barulho por nada....
Mas parece que entendo como é amar, porque o amo a ponto de querer unicamente sua felicidade.
Não, claro que estou apaixonada - de querer beijá-lo toda hora, de vê-lo dormir como se assistisse a um pôr-do-Sol, de sentir seu cheiro de longe.
Mas o que sinto, o que pretendo, o que me faz vibrar, é seu bem-estar e felicidade, longe ou perto. Aqui, em Aracaju, no Alabama, whatever!
Que poesia diz isso? Qual é a música, maestro?
Um xero imenso, minha frô.